terça-feira, 6 de julho de 2021

Texto publicado: O dia que o audiovisual invadiu a aula de geografia e (des)norteou o cinema

 

 

O dia que o audiovisual invadiu a aula de geografia e (des)norteou o cinema

 Resumo

Nosso intuito, neste texto, é apresentar os resultados de um estudo realizado pela Rede internacional de pesquisas “Imagens, geografias e educação” acerca de como professoras/es de geografia relacionam cinema e práticas docentes. Valemo-nos de parte das respostas desse estudo para ponderar como materiais cinematográficos e audiovisuais são empregados nas ambiências escolares. Relacionamos tais ponderações com macrodiretrizes do setor audiovisual brasileiro e observações acerca do uso corriqueiro do audiovisual em nossas vidas na contemporaneidade. Nossa hipótese de trabalho é que o encontro entre geografia, cinema, audiovisual e educação acontece numa fronteira tênue, especialmente no contexto da sociedade educativa – epicentro de um modo de vida alicerçado no aprendizado vitalício, que tem nos materiais audiovisuais uma de suas grafias fulcrais. Para esquadrinhar essa hipótese, articulamos quatro peças discursivas por meio de uma análise micropolítica, e, concluímos que, a partir do referido encontro, haveria algo de paradoxal em torno do que viria a ser o sentido e o não-sentido na educação geográfica. O sentido costuma ser entabulado, na esteira das pedagogias construtivistas, à axiomática de que, para aprender, é condição sine qua non, despertar o interesse dos estudantes para algo ou alguma coisa. O não-sentido seria o oposto disso, ou seja, acontecimentos rotineiros que, ao atravessarem e modificarem as dinâmicas do tecido social, adentrariam as aulas de geografia, embaralhando as fronteiras entre o cinema e o audiovisual.

DOI: https://doi.org/10.20396/etd.v23i2.8661484

Palavras-chave: Educação, Cinema, Audiovisual, Ensino de geografia, Mudança social e educação

 PDF com o texto completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8661484/26706

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Sobre as autoras
 

Valéria Cazetta
Geógrafa, mestre e Doutora pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Rio Claro, SP, Brasil. Atualmente é professora na Licenciatura em Ciências da Natureza, no Programa de Pós-Graduação em Mudança Social e Participação Política e líder do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Culturas Visuais - Miragem - da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
 

Ingrid Rodrigues Gonçalves
Bacharel em Gestão de Políticas Públicas pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades e mestra em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação e pesquisadora do Miragem - Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Culturas Visuais - da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Atualmente é docente no Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, São Paulo, SP. Brasil.

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