Sinto-me tomada por um sentimento de profunda alegria pela participação no IV Colóquio Internacional “A Educação pelas Imagens e suas Geografias”, entre 02 e 05/12/2015, promovido pela Rede Internacional de Pesquisas “Imagens, Geografias e Educação” (Geoimagens), em parceria com a Área de Geografia da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia.
Nesta foto, representantes do Grupo de Pesquisas Miragem (EACH/USP) e a coordenação da Rede Geoimagens. Da esquerda para a direita: Professora Gisele Girardi, Camila Medeiros, Professor Wenceslao Machado de Oliveira Junior, Débora Antunes, Professora Valeria Cazetta, Ingrid Gonçalves.
Legendas em inglês disponíveis, basta ativar no youtube.
English subtitles available, just turn it on at youtube.
Sinopse: Um projecionista em sua cabine de projeção, interage com imagens, espaço, maquinário e com seu próprio corpo. A obra de arte incubada enquanto material fílmico, emerge na tela, após trafegar pela linha produtiva deste operador cinematográfico, desenrolada ao vivo no momento da projeção. A sala de cinema é o templo do projecionista! Bem vindos ao Balé Mecatrônico! A projectionist in his projection booth, interact with images, space, machinery and with his own body. The artwork incubated as film material, emerges on the screen, after move across the production line of this operator, live unwound at the time of projection. The movie theater is the temple of the projectionist! Welcome to Ballet Mechatronic! A film by Coletivo Balé Mecatrônico Directed by Ingrid Gonçalves Brasil, São Paulo. * www.balemecatronico.com.br www.facebook.com/balemecatronico www.ingridgoncalves.com.br www.miragemcveg.blogspot.com.br www.geoimagens.net * Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=2EqLq... * Balé Mecatrônico (19’16’’)
Podemos então imaginar que o olhar de La Mettrie tenha se detido em algumas passagens, notadamente aquela em que Descartes afirma, referindo-se ao corpo, que:
“[...] nessa Máquina, todas as funções decorrem da simples disposição de seus órgãos, como os movimentos de um relógio, ou de outro autômato, que decorrem de seus contrapesos e de suas polias; de maneira que não é preciso conceber outro princípio de movimento e de vida que não sejam seu sangue e seus espíritos, agitados pelo calor do fogo que queima continuamente em seu coração...”16.
La Mettrie parafraseia Descartes, tomando em- prestado a imagem da máquina, mas insistindo sobre a importância da fisiologia nesse mecanis- mo. Assim, escreve, por sua vez, que “[...] o corpo humano é uma máquina que dá a si mesma corda em suas engrenagens; imagem viva do movimento perpétuo [...] um relógio, cujo relojoeiro é o novo Quilo”17. Na Descrição do corpo humano de Descartes lê-se ainda que:
“[...] a disposição dos órgãos (é) em si suficiente para produzir em nós todos os movimentos [...] por isso tentarei provar aqui, & explicar tão bem a máquina de nosso corpo, que não teremos mais razão de pensar que é nossa alma que excita nele os movimentos...”18.
Desenvolvendo o germe dessa ideia de autosu- ficiência do corpo-máquina cartesiano, La Mettrie escreve no Homem-máquina:
“O corpo humano é um relógio, mas imenso, e construído com tanto artifício e habilidade, que se a roda que serve para marcar os segundos vem a parar; aquela dos minutos não para de girar [...] Pois, não é deste modo que a obstru- ção de alguns vasos19 não basta para destruir, ou suspender o essencial do movimento que está no coração, como na peça operadora de uma máquina”20.
São 6 sons experimentais, 6 atos, 6 danças. Bem vindos ao Ballet Mécatronique! O trabalho é uma realização conjunta do Coletivo Balé Mecatrônico e do Miragem - Grupo de Estudos em Culturas Visuais e Experimentações Geográficas.
"Construir espaços por meio de sonoridades, permitindo que as representações imagéticas desses sons interferissem ativamente na construção sonora… me deixei levar pelas formações imagéticas nos softwares, buscando novos movimentos, novas geografias… Foi como manusear uma lupa mágica o tempo inteiro… uma lupa que alternava seu foco entre a percepção de sons, a visualização das imagens sonoras e o Raio-X de minha própria vida, adentrando-me a alma, entre um zoom e outro, desnudando-me a carne, os nervos… afetando-me a vida. [...] E assim, com o magnífico desenho de capa do designer Thiago Wiek, com as fotografias do também multimidiático Edu Luz, e com a incrível participação da Valeria Cazetta nos vocais da música que nomeia o álbum; variando entre um fluxo e outro, corporificando sonoramente forças que me visitaram em busca desta dança, lhes apresento este álbum em 6 atos. Boa viagem. Welcome to Ballet Mécatronique! With love, blood and fire, Lady Acid"
Ingrid Gonçalves participou do IV Fórum Nacional dos Trabalhadores em Empresas Exibidoras Cinematográficas entre os dias 11, 12 e 13 de Novembro 2014, no SESC VENDA NOVA em Belo Horizonte - MG.
Ingrid Rodrigues Gonçalves, foi convidada a expor sua pesquisa sobre a profissão dos operadores cinematográficos e realizar a palestra “Novas Tecnologias na Atividade Cinematográfica”, refletindo acerca do impacto da digitalização das salas de cinema sobre a profissão dos projecionistas brasileiros. Ingrid convidou Alexandro Genaro, chefe de projeção da Cinemateca Brasileira para compor a mesa.