sexta-feira, 3 de julho de 2020

Vó Luzia


Hoje minha avó Luzia se foi. Uma mulher de fé. A última de meus avós.

Vó Luzia. Era assim que eu a chamava. Por um tempo apenas eu a chamei assim. Todos da família sempre a chamaram de "Mamãe". Uma alcunha que sempre indicou amor e zelo. E também o quanto todos a respeitam e admiram. Alguns anos depois, meu irmão, que nasceu quando eu tinha 13 anos, também adotou esse jeito de chamar pela avó...

Ainda quando criança, eu disse a ela: "Vó, não consigo te chamar de Mamãe... você é minha avó, gosto de te chamar assim... minha vó Luzia..." Após dizer isso e obter a aprovação da matriarca, segui chamando-a assim. Sempre que nos falávamos isso era pauta da conversa por alguns minutos...

Ela morava em Minas Gerais, onde reside parte de minha família. Amada e respeitada por todos nós. Está sendo bem difícil digerir essa notícia...

Sempre digo que quando as pessoas queridas se vão elas permanecem vivas em nossas memórias, e, naquilo que restou em nós das intensidades que compartilhamos com elas. Para mim, minha vó Luzia permanece viva nessas intensidades, nessas lembranças e nas recordações dessas miudezas de vida que agora pulsam tal como fagulhas e flashes... tal como um filme...

Hoje, esse filme está passando bem à minha frente, repetidas vezes... flashes de retina, imagens em movimento e a movimentar essas lembranças que mantém minha avó viva em mim...




...